terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Visita ao Inspectorado para Situações de Emergência de Cluj, Roménia

Nas férias de Natal visitei o meu país de origem e dediquei dois dias para conhecer o quartel dos Bombeiros de Cluj-Napoca, ou melhor, o Inspectorado para Situações de Emergência “Avram Iancu”, na Roménia.

No dia 28 de Dezembro, por intermédio de um bombeiro voluntário conhecido, fiz a primeira visita ao quartel. Fui recebida pelo Inspector-Chefe Adjunto, o Coronel Adrian Dobre, e entreguei-lhe uma folha com as questões que lhe pretendia colocar e às quais a sua resposta tinha a inteão de filmar. O Coronel informou-me de que os Bombeiros de Cluj-Napoca têm uma organização militar e, como tal, precisaria da autorização do Inspector-Chefe para me facultar determinadas informações e me deixar filmar a entrevista. Mesmo assim, falou-me um pouco sobre o quartel, respondendo, por alto, às questões do papel. Deu-me, por fim, indicação para lhe telefonar no dia seguinte, para saber as horas a que poderia ir lá.

No dia 29, ao meio-dia, de máquina fotográfica e de filmar em punho, concretizei a entrevista e respectiva filmagem. O Coronel falou-me de diversos aspectos de organização e modo de actuar destes bombeiros.

Depois, encontrei-me com o Inspector-Chefe, o General Vasile Șomlea, que me convidou para o seu gabinete e onde tivemos uma conversa bastante informal acerca do meu projecto, de Portugal, dos bombeiros em geral, do quartel, da sua função como Chefe, etc. Insistiu que tirasse uma foto com ele e mostrou-me uma estante com objectos oferecidos por outros grupos de bombeiros de variadíssimos países, inclusive de Portugal (Moimenta da Beira e Vila Real).


De seguida, foi-me oferecida uma visita guiada pelo próprio ao museu, à capela, às instalações do SMURD (o “INEM romeno”) e às viaturas.

O museu situava-se numa sala pequena e estavam expostas viaturas e instrumentos de intervenção antigos, fatos especiais e documentos com a história dos bombeiros, bem como objectos referentes à 2.ª Guerra Mundial.

Ao lado encontrava-se a capela, ortodoxa, que é o local utilizado pelos bombeiros para recuperar a paz interior e reflectir, depois de um caso com muitos mortos (civis e colegas), por exemplo. As pinturas, belíssimas, foram realizadas por três alunos de uma escola de arte, como projecto de final de curso.


No pátio, encontravam-se as garagens e o edifício residencial dos paramédicos. O General ordenou que se abrissem as viaturas do serviço médico de urgência, tanto a dos paramédicos como a do médico. Pude observar o seu interior, repleto de aparelhos, dos mais modernos, que permitam executar as tarefas de primeira ajuda às vítimas. A ambulância consegue transportar 5 paramédicos (um deles o condutor) e a vítima.

A viatura do médico tem quatro lugares e possui atrás os mesmo equipamentos que a ambulância, mas arrumados de maneira diferente. De seguida, subimos às instalações dos paramédicos para os cumprimentar.




O General mostrou-me ainda a viatura dos mergulhadores, em cuja garagem havia ainda um barco insuflável e equipamentos de mergulho, e a garagem onde estavam as grandes viaturas especiais. Uma dessas viaturas foi retirada da garagem e aberta, de modo a poder ver as mangueiras, o equipamento de descarceramento e muitos outros instrumentos.

Para ter a certeza de que nada me escapava, o General levou-me ao ginásio, onde, por feliz coincidência, se encontrava um bombeiro a treinar, e à sauna.



Neste ponto despedi-me do simpático General, que me desejou muita sorte para o projecto, para que o Coronel me levasse aos edifícios onde se procede à parte de prevenção de catástrofes e logística, terminando assim a minha visita ao Inspectorado.


Fico muito agradecida ao Inspector-Chefe Vasile Șomlea, ao Adjunto Adrian Dobre e a todo o pessoal do Inspectorado pela sua simpatia e disponibilidade, que me permitiu aprender algo mais sobre o funcionamento de um grupo de bombeiros de outro país.

Brigitta Cismasiu

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